Ana de Amsterdam Sou Ana do dique e das docas Da compra, da venda, das trocas, das pernas Dos braços, das bocas, do lixo, das fichas, das bichas Sou Ana das loucas AtĂ© amanhĂŁ Sou Ana, da cama Da cana, fulana, bacana (sacana)* Sou Ana de Amsterdam Eu cruzei um oceano Na esperança de casar Fiz mil bocas pra Solano Fui beijada por Gaspar Sou Ana de cabo a tenente Sou Ana de toda patente, das Ăndias Sou Ana do Oriente, Ocidente, acidente, gelada Sou Ana, obrigada AtĂ© amanhĂŁ, sou Ana Do cabo, do raso, do rabo, dos ratos Sou Ana de Amsterdam Arrisquei muita braçada Na esperança de outro mar Hoje sou carta marcada Hoje sou jogo de azar Sou Ana de vinte minutos Sou Ana da brasa dos brutos na coxa Que apaga charutos Sou Ana dos dentes rangendo E dos olhos enxutos AtĂ© amanhĂŁ, sou Ana Das marcas, das macas, das vacas, das pratas Sou Ana de Amsterdam * termo original vetado pela censura
Compositores: Francisco Buarque de Hollanda (Chico Buarque) (UBC ), Rui Alexandre Guerra Coelho Pereira (Ruy Guerra) (UBC )Editores: Cara Nova (AMAR ), Marola Edicoes (UBC )Publicado em 2013 (05/Jul) e lançado em 2012 (15/Jul) ECAD verificado obra #2074392 e fonograma #3294113 em 23/Out/2024
Ouça estaçÔes relacionadas a Chico Buarque no Vagalume.FM