Era um dado Era um dedo Era um dia Em Lisboa o Brasil principia
Foi Cabral que era um cara arretado Que chegou por aqui outro dia E fundou um país de poesia, Joães, Manueis e de mais calmarias
Carnavais de carnais alegrias São as carnes das nossas meninas Que desnudam um país de águas claras E aves raras
Era um dado Era um dedo Era um dia Em Lisboa o Brasil principia
Em Coimbra destila-se o fado Em São Paulo calcula-se o saldo Em Brasília discute-se, sente-se, come-se, bebe-se, sabe-se tudo Em Belém uma torre anuncia, partiremos daqui qualquer dia Do outro lado do mar nos veremos, e aí seremos
Era um dado Era um dedo Era um dia Em Lisboa o Brasil principia
Somos nada no meio do mundo Somos tudo na soma de todos Por que somos malucos, malungos, sentimentais demais acima de tudo Lusanave amarela brasilis, vai singrando e soltando as amarras
No além-mar das paixões portuguesas, com certeza
Compositor: Renato Teixeira de Oliveira (Renato Teixeira) (ABRAMUS)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2021 (19/Ago) e lançado em 2021 (15/Jul)ECAD verificado obra #1601338 e fonograma #29398672 em 02/Abr/2024