Quem não conhece um docinho bem caseiro Que hoje enfeita os tabuleiros nas festas do interior É tão verdinho que o olhar da gente vidra Chama-se doce de cidra com um gostinho de amargor
E o amarguinho que ele tem inofensivo Não é doce enjoativo, é gostoso de comer Mas para mim doce de cidra é um veneno Apesar dele pequeno fez tão grande o meu sofrer
A história vou contar como acontece Me lembro, eu assistia um leilão Na vila era dia de quermesse Festa tradicional do meu sertão
Juntinho do palanque uma doceira Cabocla tão bonita que já vi Seus olhos eram verdes igual o doce Confesso que até me confundi
A festa se acabou, ela foi embora Os olhos cor de cidra alguém levou E quando vejo doce de cidra em tabuleiro Sinto um grande desespero do amargo que ficou
Compositor: Joao Baptista da Silva (Joao Pacifico) (ABRAMUS)Editor: Arlequim (AMAR)ECAD verificado obra #4142 e fonograma #252438 em 29/Out/2024